domingo, 11 de setembro de 2011

Os Vídeos Mais Épicos do Youtube: Sessão Nostalgia [2]

Hoje vou falar de outro tipo de desenho: os "politicamente corretos". Entre os anos 80 e 90, as produtoras americanas de desenhos começaram a sofrer lobby de igrejas evangélicas e outros grupos "moralistas e defensores da família, moral e bons costumes" (vide flihos da puta dominadores das mentes alheias cortadores de barato) para "amenizar" os valores contidos nas histórias, tornando-os mais maniqueístas e levianos (mesmo que isso significasse tornar os desenhos porcarias que não fariam sucesso). Vamos à lista:


Capitão Planeta: MWHAHAHAHA!!! Esse desenho era pra ser sério, mas acabava ficando idiota pela abordagem! Gaia, o espírito da Terra, chamou cinco crianças de várias partes do mundo ("direito às minorias") e deu a eles anéis que controlam os elementos da natureza (como se "Coração" fosse um elemento, e ainda por cima ficou pro Ma-Ti, que era índio caiapó, ou seja, ele era brasileiro! Puta falta de Sacanagem ¬¬) para invocar o "Capitão Planeta" e combater vilões que representavam o capitalismo desenfreado, o desmatamento ecológico, a utilização desenfreada de energia nuclear, coisas assim. Interessante é imaginar isso hoje, em que as grandes empresas usam do ambientalismo para vender "produtos verdes" e a energia nuclear é considerada a forma mais limpa de produzir grandes quantidades de energia, por exigir menos área a ser desmatado para represamento ou ser usado como combustível. Será mesmo que você venceu, Capitão Planeta?


Rambo - A Força da Liberdade: Um que provavelmente servia só pra 'pegar rabeira' no sucesso do filme do Stallone e vender bonequinhos (hoje em dia chamados de 'action figures', mas antigamente as palavras eram abrasileiradas, muito mais fáceis de falar!), era esse desenho do Rambo, que à primeira vista até que parecia legalzinho, pela semelhança do Rambo do desenho com Stallone, fazendo até a clássica sequência da "arrumação". Mas no fim era tudo ilusão: além de arranjarem parceiros fixos (Kat, Turbo e Dragão Branco) para o Rambo, coisa que ele nunca teve nos filmes, os vilões e nem mesmo o próprio Rambo sequer feriam ninguém! Além do mais, a personalidade de Rambo foi totalmente desconstruída: cadê os flashbacks dos tempos de Vietnã que deixavam ele surtado ou a habilidade de derrubar silenciosamente inimigos se camuflando no mato?


Action Man: Praticamente o Max Steel dos anos 90, Action Man até que tinha uma história razoável, ele no passado sofreu lavagem cerebral e foi treinado para ser um capanga (conhecidos no Brasil como "caveiras", pela roupa roxa e máscara em forma de caveira, parecendo mais um ninja de Mortal Kombat de rodoviária) do seu arqui-inimigo, o Dr. X, um tipo de ciborgue punk que parecia ter saído das historinhas das Tartarugas Ninja e planejava conquistar o mundo através do Fator AMP, um tipo de alterador genético que permitia a ele formar soldados geneticamente modificados. Action Man havia perdido a memória e ficava tendo flashbacks constantes, o que deixava as histórias ligeiramente interessantes. A equipe dele era formada por Knuck, outro marombado que parecia mais um escocês, Natalie, uma espécie de Susi militarizada e Jaques, um nerd paraplégico (o que ficava mais evidente na hora de ir pro avião, todo mundo ia pro avião de tubo e Jaques, tadinho, tinha que descer uma rampa e só aí subir no avião). Outra parte tensa era que Action Man ainda tinha uma parte live-action, com efeitos especiais xexelentos feitos por dublês de segunda. Nessa parte, o Action Man era interpretado por Mark Griffin, um usuário de esteróides (duvido que se usasse "bomba" naquela época) membro de um programa de esportes conhecido como Gladiators (nunca passou aqui), no final do programa ainda vinha para dar conselhos para as crianças. Onde mais você poderia aprender que é importante reciclar uma lata de alumínio porque a energia usada na sua fabricação é suficiente para ligar uma TV de 14' por duas horas, com direito a frase para enfatizar: "Uma lata, duas horas."?


He-Man: Mais politicamente correto que isso,impossível! O metrossexual Príncipe Adam erguia sua espada mágica e gritava "Pelos Poderes de Grayskull! Eeeeeuuu teenho a Forrrçaaa....!" adaptado pelas rodas GLBT para "Pelos Poderes de Gayskull! Eeeeuu queimo a Roscaaa!!!" Mas o mais engraçado não era nem o fato de Esqueleto nunca tentar um truque realmente sujo para conquistar Grayskull (como matar Teela ou Mentor quando conseguia capturá-los) ou He-Man ter uma enorme espada e nunca usar para cortar ninguém (pelo tamanho da espada, ele deveria ser uma "dança da fusão" do Zabuza com o Conan!), o mais engraçado eram as clássicas "lições de moral" de He-Man. Duvido que a sua mãe te ensinasse que "uma amizade verdadeira vale mais que ouro ou prata", "não se consegue amigos comprando-os com presentes" (mas com periguetes, funciona perfeitamente), ou "o corpo é seu e ninguém deve tocá-lo de modo que sinta que está errado" (a parte triste é que muitas crianças que sofrem de abuso sexual não tem a quem contar, ou ninguém acredita nelas. Triste, não?)

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